Sandra é a capitã da equipa da ADERMogege. Aproveitamos a fase de preparação da nova época para saber a sua opinião sobre a equipa e sobre o futsal feminino. Actualmente é a dona da camisola 8 e conta já com duas épocas na equipa de Mogege.
Entrevistadora: Queres contar-nos como começaste a jogar futsal e onde?
Sandra: Comecei desde cedo, passando por alguns clubes de menos projecção, até que aos 15 anos fui para o Vila Nova de Sande, onde fui campeã distrital 3 anos, depois passei um ano no Doniense, onde venci a taça distrital e de seguida um ano no S. C. Maria da Fonte. Aos 18 anos representei pela primeira vez a ADERMogege, onde fui campeã distrital e ganhei a taça distrital. Depois deixei o futsal durante um ano.
E: O bom filho a casa torna...
S: Sim, com a forte reestruturação que a equipa sofreu, não podia recusar o convite e ajudar a equipa a crescer novamente.
E: E como é ser capitã da equipa que mais títulos possui na AF Braga?
S: É uma grande responsabilidade. Sem dúvida que é um ponto alto na minha carreira, pois não falamos de uma equipa qualquer.
E: E qual a tua opinião acerca da equipa e do trabalho que tem sido desenvolvido?
S: A equipa começou praticamente do zero, com a saída de todas as atletas no fim da época 2005/2006. Na época passada, que podemos chamar-lhe ano zero, a equipa evoluiu e obteve experiência. Actualmente começa a ser uma equipa mais coesa, mais à imagem do que se pretende.
E: A equipa está no bom caminho?
S: Sem dúvida nenhuma. Nota-se muita diferença na qualidade das atletas.
E: E como tem sido a adaptação das novas atletas?
S: Tudo temos feito para que as novas atletas se adaptem rapidamente ao grupo de trabalho. Penso que estão adaptadas, pois o grupo sabe receber e sabe manter a união.
E: A união faz a força... Já têm a união, será que vão ter a força?
S: Força temos, falta é demonstrá-la e esperemos que seja demonstrada já esta época.
E: E como é estar numa Associação, habituada a ganhar sempre? Sentem pressão?
S: Sem dúvida que sim. As pessoas conhecem a ADERMogege como sendo uma equipa ganhadora. E é para isso que temos de trabalhar sempre.
E: E perspectivas para a próxima época?
S: As perspectivas são sempre elevadas. Quando há coesão no grupo e sentimos que as coisas estão a correr bem, sabemos que tudo se torna mais fácil e que tudo é possível.
E: Isso quer dizer que o título pode voltar para a ADERMogege a curto prazo?
S: Isso quer dizer que temos muito trabalho pela frente e é claro que o título é o objectivo principal. Não vivemos obcecadas pelo título, apenas sabemos que a humildade e o espírito de grupo podem dar os seus frutos e assim fazermos coisas bonitas.
E: Nota-se no teu discurso uma enorme vontade de vencer e de fazer com que a equipa vença... essa garra faz de ti um exemplo para as outras atletas. Como encaras esta forma das pessoas te verem?
S: É um orgulho muito grande e faz com que trabalhe cada vez mais para que possa ser cada vez melhor. A última época, mesmo não ganhando nada, foi extremamente positiva, pois tenho consciência que evoluí bastante, em grande parte graças à equipa técnica, por toda a confiança e motivação que sempre me deram.
E: E como vês o futuro do Futsal Feminino no nosso país?
S: O futsal feminino é um desporto cheio de magia e criatividade. Temos atletas que são do melhor a nível mundial. A projecção que o futsal feminino merece só era possível se tivessemos uma selecção nacional, que certamente motivaria ainda mais as atletas e constituía um desafio para todos os que se dedicam ao seu crescimento.
E: E, na tua opinião, qual é a melhor atleta nacional?
S: A Melissa, jogadora do S. C. Maria da Fonte, pela inconfundível capacidade de conduzir a bola.
